sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010 Passou...

Feliz 2011 meus amigos...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Matéria para o Jornal Novo Caminho: Igreja? Quem é essa?


“Igreja”? Quem é essa?


Uma pergunta simples deveria ter uma resposta simples, e não seria diferente. A igreja é o corpo de Cristo. E nós somos membros desse corpo, logo somos a Igreja. A palavra "igreja" vem da palavra grega ekklesia, a qual significa "chamados para fora”, e foi aplicada, no grego secular primitivo, às pessoas "convocadas" com fim político ou outro, um tipo de assembléia municipal ou estadual. “Aplicada ao povo de Deus em Cristo, tendemos a pensar neles como “chamado” ou “convocado” pelo evangelho, o que é verdade; contudo, o conceito de "evangelho" não é inerente à palavra. O dicionário Aurélio diz: "Comunidade dos cristãos”. O conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé..." Esta é uma definição surpreendentemente boa, vindo de uma fonte “secular”. Primeiro e básico conselho: pense em um corpo quando você disser igreja. O qual Cristo (o poder de Deus) é a cabeça desse corpo (Efésios 1:22).

Ela reúne ou considera suas unidades com uma só coisa. "Igreja" não é algo à parte de seus santos. Cristo comprou a igreja morrendo na cruz por quaisquer e todos que vierem a ele para a remissão dos pecados (Atos 20:28). Ele pagou um alto preço por pessoas. Ele purifica a igreja purificando essas pessoas, lavando-a com água viva pela palavra (Efésios 5:25-26). A igreja é composta de pessoas que mantêm um relacionamento aceitável com Deus através de Cristo; e este relacionamento é descrito por figuras diferentes.


Os santos são assemelhados a cidadãos de um reino (II Coríntios 5:20), com Cristo como Rei. Eles são comparados há uma família de muitos filhos semelhantes ao Pai, com Cristo como o irmão mais velho; com membros de um corpo, sendo Cristo a cabeça; com ramos, brotando da videira, Cristo; Como pedras viventes e sacerdócio real (I Pedro 2:4), construídas sobre Cristo, a fundação; etc. A figura do reino ressalta o "domínio", “governo” e “senhorio” de Cristo; a figura da família ressalta características de família de Deus; o corpo, unidade (I Coríntios 12), Ramos têm que permanecer e dar fruto (Romanos 7:4); E Deus habita na casa construída sobre Cristo, todos aqueles que entram pela porta (Jesus Cristo, ele é a porta, Leia João 10).


"A igreja" é uma “irmandade” para um serviço, e não uma "igrejadade". A igreja é uma agência salvadora de almas. A igreja é composta de santos individuais lutando pela mesma causa, e não de congregações, pois as congregações são apenas ferramentas para o desenvolvimento do processo, deixando claro que é importantíssimo congregar, Hebreus 10:25 nos diz: "não deixemos de congregar, como é costume de alguns.


A igreja tem o poder (dinamus) de conduzir a criação para o lugar de onde ela jamais deveria ter saído, esse poder vem através da justiça de Cristo Jesus, e todas as coisas são posicionados, então os céus tocam a terra e a terra toca os céus, e surge um lindo jardim. Digo isso porque a Criação geme até hoje com dores de parto esperando a manifestação da igreja (filhos de Deus).

Particularmente tenho um grande desejo de ver a igreja funcionando em todas as esferas de influência da sociedade, sendo a manifestação do Reino de Deus na terra.

Continuando a falar de igreja, quero falar um pouco o que é ser uma igreja missional, é um termo “novo”, que não tem mais de 10 anos, mas quero usá-lo não como forma de doutrina, e sim como forma de reflexão.


Igreja missional é o que precisamos ser... Por quê?

Em Atos 1:8 nos diz: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.”

A igreja de Cristo Jesus não tem um evento de missões, a igreja de Cristo Jesus é a missão. Estamos em uma missão aqui na terra, uma missão de amor, levando compaixão, amor que se doa, fé e esperança para todas as pessoas em nossa volta. Pregar o evangelho não é simplesmente falar de Jesus, vai muito além de falar de Jesus. Tem a ver com encarnar a palavra de Deus, é aceitar as pessoas e não julgar, é amar ao próximo como a ti mesmo, é contagiar as pessoas com amor e compaixão, é vislumbrar Jesus no seu dia a dia 24 horas por dia, sete dias na semana. A igreja entende que a salvação não é um fim em si mesmo, a salvação é desenvolvida, e cumprindo aquela palavra que diz: “E receberei poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e ser-me eis testemunhas”.


Aqui claramente se entende que ser testemunha não é opcional, mas é uma conseqüência de estarmos cheios do Espírito Santo.

Ser igreja, ou corpo de Cristo é uma responsabilidade muito grande, é carregar consigo as boas novas do Reino de Deus, é ser um representante de Cristo aqui na terra (II Co. 5:20). Chega de viver uma vida dualista (vida na igreja / vida no mundo), é chegado à hora de viver um evangelho genuíno e adorar ao Pai em espírito e em verdade! Por uma revelação (Mateus 16:16) de quem Cristo é, foi edificada essa igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.


Precisamos viver a vontade de Deus (Romanos 12:2), precisamos ser transformados, precisamos verdadeiramente ser livres.


A "igreja" é gloriosa porque é a perfeição do plano de Deus para salvar todos que vierem a ele através de Jesus Cristo (Efésios 3).


Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém. (Romanos 16:25-27).


terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Noiva não chora mais! Capítulo IV do Livro *O Som das Lágrimas

Começo esse capítulo dizendo que é preciso ter um grande avivamento de lágrimas na Igreja de hoje.
Muitos hoje estão estéreis e sem alegria, pelo simples motivo de termos ministérios sem lágrimas.
Quando Sião sofreu dores de parto, logo deu à luz seus filhos (Isaías 66:8). Paulo serviu a Deus com muitas lágrimas a fim de que Cristo fosse formado em multidões de vidas humanas. Enquanto não experimentarmos um surto de tristeza pelas almas perdidas, o nosso esforço para trazer o verdadeiro avivamento será vão.



Já tentamos muitas coisas boas; temo-nos desgastado para melhorar a nossa condição de vida espiritual, mas ainda não vimos a manifestação plena do poder do Espírito Santo que tanto desejamos. Precisamos de Lágrimas!


Neemias recebeu uma ordem de Deus para reconstrução dos muros da cidade santa, ele entendeu e disse: “tendo eu ouvido estas palavras... Assentei-me e chorei” (Neemias 1:14).


Porque ele chorou? Será que foi porque captou uma visão das ruas da cidade arruinada, cheia de cadáveres? Será que foi porque temia pela sua própria vida, diariamente ameaçada pelos inimigos? Não! Ele viu a terrível apostasia do povo de Deus e diante disso ele nos deu uma das chaves para o avivamento: “Assentei-me e chorei”.


Paulo afirma que “noite e dia não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um!” (Atos 20:31). Ele declara noutro lugar que procurava preencher o que restava das aflições de Cristo (Colossenses 1:24). Admitiu até que aceitaria o inferno, se dessa maneira pudesse ganhar a sua nação de Israel para Deus. Moisés preferia antes ser riscado no livro de Deus do que ver Israel castigado e condenado.


Aquele que, com coração quebrantado, chorando, não apostará. Aquele que derrama suas lágrimas em oração e se baseia na palavra nunca se tornará um tolo. Aquele que sai, com o coração a sangrar, para semear a preciosa semente do Evangelho, tem a certeza de que colherá almas para o nosso Deus. Aquele que geme com dores de parto pelos perdidos dará à luz filhos espirituais.


Alguém chora hoje?


O Fundador da China Inland Mission (Missão no Interior da china), Hudson Taylor, conta que quando era estudante universitário, ficou encarregado de cuidar de um homem com um pé gangrenado. Era sua obrigação fazer o curativo no pé do homem todos os dias.


Ele soube logo que o seu paciente não era Cristão, e que não entrava numa igreja há mais de quarenta anos. O ódio dele pela religião era tão grande que se recusou a entrar na igreja por ocasião do enterro de sua esposa.


O Jovem Hudson decidiu falar a esse homem a respeito da sua alma cada vez que o visitasse. O homem afrontava-o e não permitia que ele orasse. O estudante persistiu em apresentar-lhe Cristo até que um dia disse para si mesmo: “ É inútil”, e levantou-se para sair do quarto.


Quando chegou à porta, Hudson voltou-se e viu o homem a olhar para ele como se dissesse: “Como assim, hoje vai embora sem me falar de Cristo”? Aí, o jovem irrompeu em lágrimas e, voltando para perto da cama disse: “Quer o senhor queira, quer não, eu preciso libertar a minha alma. Permita-me que ore contigo.” O homem consentiu, começou a chorar e converteu-se.


O testemunho de H. Taylor sobre essa experiência foi: “Deus quebrou o meu coração a fim de poder, por intermédio, quebrar o coração daquele homem ímpio”.


Peça ao Senhor para te dar um coração quebrantado, sensível, e faça que os seus olhos sejam uma fonte de lágrimas, a fim de poder, com a compaixão de Cristo, buscar os que estão perdidos e próximos da morte eterna.


Chore Amada Noiva do Senhor, chore pelos perdidos...


Os perdidos estão em suas mãos!

sábado, 30 de outubro de 2010

Sião ou Babilônia?


Babilônia ficará em Chamas, Pois receberemos a plenitude do Pai.



Nesse estudo iremos conhecer duas culturas distintas que estão em guerra.

Deixando a velha mentalidade (Cultura babilônica) e recebendo uma nova mentalidade (Cultura de Sião).

·       1ª Cultura: Babilônia (Significa Babel, confusão)
1.       Idolatria
2.       Rebelião
3.       Desobediência
4.       Resistência ao Evangelho e a voz de Deus
5.       Prostituição e sensualidade
6.       Corrupção
7.       Adoração a deuses falsos 
8.       Parece, mas não é. Tem pele de ovelha, mas é lobo. 
9.       Busca pelo prazer da carne

Somos seduzidos pela cultura babilônica. Gente demais no mundo está-se parecendo com a antiga Babilônia, trilhando seu próprio caminho e seguindo um deus “cuja imagem é à semelhança do mundo”.

EX: Povo de Israel que adorava um único Deus, se deixou levar pela idolatria. Nos dias da antiga Israel, o povo do Senhor era como uma ilha que acreditava no único e verdadeiro Deus, cercada por um oceano de idolatria. As ondas daquele oceano quebravam incessantemente nas praias de Israel. Apesar do mandamento de não fazer imagens de escultura, nem de se inclinar perante elas, Israel aparentemente não conseguia ajudar a si mesma, influenciada pela cultura do lugar e da época. Muitas e muitas vezes, apesar da proibição do Senhor, a despeito do que o profeta e sacerdote dissera, Israel foi atrás de deuses estranhos e inclinou-se perante eles.

Tempo de Transição (Jeremias 29: 11 - 14)

·         2ª Cultura: Sião (Significa Cidade de Deus)
1.       Lugar de Intimidade
2.       Templo da Glória
3.       Lugar Santo (Salmos 2: 6)
4.       Viver em lugares celestiais
5.       Presença da Glória (Salmos 102: 16)
6.       Habitação permanente de Deus
7.       Cidade de Deus (Cidade do Deus Vivo)
8.       Cidade de Davi
 

* Cultura de Sião: É a cultura daqueles que guardam os mandamentos, andam em Seus caminhos e “[vivem] de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Se isso nos faz peculiares, então, que assim sejamos. Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (I João 2:14–15);
* O Livro de Daniel expressa muito bem o que é ser Sião em meio a babilônia ;
* Não precisamos adotar os padrões, os costumes e a moral da Babilônia.  Podemos estabelecer Sião no meio dela. Precisamos produzir os nossos próprios padrões, precisamos gerar o nosso Evangelho através da doutrina de Jesus (Mt. 5 à Mt. 8);
* Precisamos ser luz em meio as trevas (Mt. 5:14);
* Precisamos ser Sião no meio da Babilônia. Sião no meio da Babilônia. "Que frase magnífica, como uma luz brilhando em meio à escuridão espiritual. Que conceito para termos enraizado no coração, vendo a Babilônia espalhar-se cada vez mais. Vemos a Babilônia em nossa cidade, em nossa comunidade, em todo o lugar". (Grifo o autor dessa frase: Élder Stone);
* O povo de Deus tem saudades de Sião (Salmos 137), EX: todo desviado sente saudades de Sião;
* Alguns cuidados: Isaias 50: 10 – 11 / Isaias 62: 1;
* Estar em Sião é confiar no Senhor, mesmo andando em meio às trevas, guerra, tribulações, sabe que Sião é o lugar que o nosso amado está a nos esperar e nos guiar;
* Vamos juntos como corpo de Cristo buscar esse lugar? 
* Então, escolheremos Sião ou Babilônia? 

* Se Babilônia é a cidade mundana, Sião é a Cidade de Deus. Em Sião há pureza de coração. Ficaremos com Sião, pois lá é o nosso lugar!
Maycon Barroco

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Carta recusando o Ap. Paulo de entrar na Agência Missionária!

Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para a Agência Missionária de uma certa denominação, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Após algumas semanas, o Secretário da Agência escreveu-lhe esta carta, justificando porque não poderia aceitá-lo.




Ao pastor Saulo Paulo


Missionário Independente


Roma, Itália

Caro Irmão Paulo:


Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Agência como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos.

Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente. Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Essa certamente é uma deficiência grande para qualquer pessoa.

Nossa Agência requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras. Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude. Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento.

Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas. É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Agência tenha folha corrida na polícia. O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo".

Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto. Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios", de Dálio Carnego. Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade.

Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática. Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós.

O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes. Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus. O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz. O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo.

Suas duas cartas à igreja de Tessalônica são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância. Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho. Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas. Seus sermões são muito longos.

Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida. O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte. A Agência prefere enviar somente homens casados aos campos missionários.

Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo. Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão? Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Agência de Missões. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna.



Sinceramente,



O. K. Bessudo



Secretário da Agência de Missões

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Continuaremos sendo a Geração que somente canta e dança?

E seremos mais uma Geração que vai morrer sem ter realizado o que Deus teria determinado pra ela?
Por muito tempo fomos a Geração que canta e que dança... Nada contra dançar e cantar na presença do Senhor, acho até legal e também faço isso... Mas, se a sua adoração resumir a isso, tem algo errado com você...
Ele quer muito mais... Na minha vida Cristã, aprendi que o presente para o coração de Deus está relacionado a Vidas.
Como o Jeff (Geração Benjamim) escreveu: Eu acho que a coisa que mais me irrita hoje, além do lixo sendo pregado nos púlpitos, é que foi isso que nós vendemos para uma geração; uma geração que está agora casada, barriguda, e que nem dança mais, pois tem medo de enfartar.
Caraca, o que aconteceu? Onde nós erramos? Era tanto potencial e disposição e agora é “comunhão na casa de Fulano”.

De uma coisa eu tenho certeza... Somos uma Geração simples, que tem o desejo de ser semelhante a Jesus... Somos uma Geração que anseia em ganhar vidas e mais vidas... Mas, onde está o problema?

Será que o problema está em nós?

Com certeza, o erro está em nós! Cara, tenho vivido experiências semelhantes, o Senhor tem falado de diversas formas a respeito de ganhar almas. Almas, Almas, Almas. É esse som que sai das batidas do coração de Deus.

O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas, sábio é. (Pv. 11: 30).

Quando você olha para um jovem hoje, nos olhos deles, não há brilho, estão sem “vida”, estamos deixando nossa geração simples, virar uma “geração retardada (idiota)”, fico reparando que os nossos jovens de hoje, estão sem rumo, penetrados no mundo globalizado e capitalista, achando que tudo é muito fácil e precisa acontecer rapidamento, perdem mais tempo no computador com conversas sem sentido do que estudando para ter uma vida digna, nossos jovens estão mais depressivos, preferem ficar na solidão a desfrutar de uma boa amizade. E os cristãos, o que estão fazendo em relação a isso? Sabe de uma coisa, muitos de nós, fazemos o mesmo, ou até pior, perdemos mais tempo buscando “coisas” do que a busca intensa pelo Reino de Deus. Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt. 6:33).

O mais engraçado é que para segurar os jovens em nossas igrejas hoje, apelamos para o entretenimento, comemos pizza juntos, fazemos festinhas com luzes coloridas e muita dança, comemos, bebemos, e quase nunca falamos que lá fora existe milhares de pessoas passando fome e morrendo sem conhecer Jesus. Acorda! precisamos enxertar arrependimento e Reino de Deus dentro da mente de nossos jovens. Se a gente não ensinar nossos jovens, nossa geração vai morrer de vez. Só mais uma indagação: Para quem você deixará seu legado? Como será a próxima Geração?

Falávamos para eles que podiam mudar o mundo enquanto eles nem sabem como mudar as suas próprias vidas. E em vez de confrontar eles na maneira que vive e seus valores, nós mudamos a estrutura da igreja para acomodar eles. Nós criamos “namoro santo” e colocamos “play stations” na sala de oração. Mas, não muito tempo depois, a nossa estrutura não os satisfazia mais. Em vez de treinar eles, nós temos entretido eles. Em vez de desafiar eles, acomodávamos e acabávamos frustrando e perdendo eles, pois a verdade é que não era isso que eles queriam. (Jeff – Geração Benjamim)

Quando me converti, recebi uma palavra de Deus, que seriamos a geração que iria mudar o mundo, seriamos uma geração de muitos filhos semelhantes a Jesus, e agora? Para onde estamos indo? Onde vamos parar?

Sabe, Estou disposto a mudar tudo isso, sei que sozinho não posso, preciso de você, é isso mesmo, de você, existe uma realidade que estamos vivendo e poucos estão acordados e vendo toda sujeira que está escondida em nossos lindos carpetes das congregações. Precisamos ser uma igreja sem máculas, adornada, limpa, cheirosa, pronta para receber o nosso Amado Jesus. Não seremos mais um Geração que somente canta e dança, Seremos uma Geração que canta, dança, prega o Reino, salva, liberta e grita pelas ruas: Arrependei-vos, pois é chegado o Reino de Deus.

Quero pedir perdão se fui estúpido demais, mas, isso foi apenas um desabafo de uma pessoa cansada de lutar com sua própria força, preciso de você, por isso escrevo essa Carta.

Que Deus nos abençoe!

Miss. Maycon Barroco - AER www.aerbr.com

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Reino que Alvoroçou o Mundo - Parte 1

O Reino de Valores Invertidos


Jerusalém, 8 de julho de 1099. (Sexta-Feira)
     Uma grande guerra começara nesse dia, aproximadamente 13 mil Cruzados ("Soldados de Cristo") queriam tomar a cidade de Jerusalém dos muçulmanos.
     Atrás dos muros que cercavam Jerusalém existia 60 mil soldados muçulmanos fortemente armados para reagir a qualquer ataque inimigo.
     Eram 13 mil Cruzados contra 60 mil Muçulmanos, seria impossível os cruzados tomar a cidade de Jerusalém. Tudo estava contra os Cruzados, eles estavam numa terra desconhecida, muito quente (a temperatura aos redores de Jerusalém era muito elevada, muito diferente do clima da França de onde vieram os Cruzados). 
     Os Mulçumanos quando receberam a notícia da invasão dos Cruzados começaram a fazer "chacotas" com a cruz nos muros da cidade e zombaram do pequeno exercíto que estava vindo para o confronto.
     Mas a zombaria não durou muito tempo, apenas 5 dias, quando os Cruzados levaram sobre carros várias torres enormes com catapultas, aríete, ponte levadiça e uma torre muito alta para os flexeiros. Era tudo que os Muçulmanos menos esperavam na ocasião.
     Os Cruzados chegaram quebrando todo muro ao redor da cidade, destruindo todas as tendas e comércios dentro da cidade, arrancando a cabeça dos soldados e moradores da cidade de Jerusalém, foi um enorme massacre dos Cruzados, segundo o testemunho de um dos Cruzados que participou dessa matança, eram montões de cabeças, mãos e pés que se viam nas ruas da cidade. Era necessário abrir passagem entre os corpos dos homens e cavalos. Foi horrível!
     Qualquer um poderia pensar que logo após esse massacre os Cruzados estariam em profundo remorso pela morte de todo aquele povo, mas não foi bem assim, Fizeram uma grande festa, pois tinham convicção que o Rei deles, Jesus Cristo havia lhes concedido aquela vitória para eles, pois aquele povo impio só sabia blasfemar contra ELE.
     O próprio Papa da época fez uma convocação para todos os fiéis libertarem a "terra santa" dos infiéis, e qualquer um fiél que fosse a cruzada obteria o completo perdão pelos seus pecados. (Krey, a história das cruzadas, 252)

Rio de Janeiro, 13 de maio de 2010. (Quinta-Feira)
      Será que Jesus viu todo esse massacre da mesma forma que os Cruzados viram? 
Resposta: João 18:36
      Será que eles de fato tinham avançado o Reino de Deus? ou pelo contrário, lhe causaram grande prejuízo?
      Há 1.100 anos atrás o Senhor Jesus Cristo não havia fundado um Reino de Amor? Seus discípulos seriam conhecidos pelo Amor de uns pelos outros. E não somente isso; Eles também deviam amar seus inimigos, Jesus Cristo sempre atuou muito manso e humilde de coração.
      Os primeiros cidadões desse Reino de Deus tinha alvoraçado o mundo, não com a espada, mas sim com palavras de Verdade e atos de Amor. Leiam Atos 17:1-15.
      Mas por que os Cruzados massacraram os habitantes de Jerusalém? Seria uma história longa, precisamos relatar ela, pois os nossos destinos eternos estção profundamente ligados a esta história do Reino que alvoroçou o mundo.

Por Maycon Barroco (Resumo da primeira parte do Livro O Reino que alvoroçou o Mundo - David W. Bercot)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O nosso Tesouro!

Mateus nos diz que Jesus falou às multidões através de parábolas: "Tudo isto disse Jesus por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundacão do mundo" (Mateus 13: 34-35).


Para vários cristãos de hoje em dia, as parábolas soam muito simples. Contudo, segundo Cristo, cada parábola contém um incrível segredo. Há uma verdade relacionada ao reino que está oculta em toda parábola que Jesus contou. E esta verdade é descoberta unicamente por aqueles que diligentemente a buscam.

Muitos crentes folheiam rapidamente as parábolas. Aí, acham que vêem uma licão óbvia e rapidamente passam adiante. Ou, descartam o significado de uma parábola como se não se aplicasse a eles. E voltam-se para os escritos de Paulo, procurando "verdades mais profundas". Querem uma teologia que lhes seja claramente colocada em ordem, e exposta em detalhes.

Mas penso em duas parábolas que Jesus contou aos discípulos. Em minha opinião, tais parábolas contêm talvez algumas das verdades mais profundas das quais qualquer crente pode se apropriar:

"O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra0" (Mateus 13:44-46).

Alguém pode dizer: "O que há de tão oculto nestas verdades? Todos sabem que Jesus é a pérola de grande valor, o tesouro enterrado no campo. Isso não é nenhum segredo". Quero lhe dizer o seguinte: há maná escondido nestas duas parábolas. E só um punhado de crentes o descobriu. Por que? Porque os demais nunca quiseram gastar tempo cavoucando como o homem desta parábola fez. Na verdade, a imagem desesperada destes dois homens - o que cava o chão, e o negociante obstinado - deixa claro o significado que Jesus quer trazer: os segredos de Deus devem ser desejados mais do que tudo mais na vida.

A Bíblia afirma claramente que há segredos no Senhor: "Com os sinceros está o seu segredo" (Prov. 3:32). Tais segredos têm estado desconhecidos desde a fundacão do mundo. Mas Mateus diz que estão embutidos ou enterrados nas parábolas de Jesus. Tais verdades ocultas têm poder para libertar verdadeiramente os cristãos. Mesmo assim, poucos estão dispostos a pagar o alto custo de descobri-las.

Ora, todos sabemos que o dom da salvacão é gratuito. Jesus pagou o preço total de nossa salvação, para toda a eternidade. "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça" (Rom. 3:24). Ainda mais - Ele nos convida a beber de Sua sempre fluente fonte de graça: "Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22:17).

Testemunhei a alegria que esta graça traz quando preguei na Itália recentemente. Milhares foram à frente para aceitar Jesus nestes cultos. São pessoas que não recitaram simplesmente uma oracão de pecador, mas oraram em profundidade, chorando, confessando, invocando o Senhor. Estavam sendo salvos e libertos gratuitamente pelo poder do Espírito Santo.

No entanto, na parábola do semeador, Jesus adverte que nem todo aquele que O confessa prosseguirá na fé. Segundo a parábola, umas sementes (o evangelho) cairão sobre solo bom. Estas sementes formarão raíz, crescerão e produzirão frutos. Mas outras sementes cairão em solo pedregoso e secarão antes de formarem raízes. E outras sementes cairão sobre terreno cheio de espinhos, e Satanás rapidamente as roubará.

Creio que o Grande Declínio que Jesus Profetizou

Está Ocorrendo

Uma terrível apostasia está aniquilando massas e massas de crentes, especialmente nos círculos carismáticos. Muitos estão se afastando das pregações que produzem convencimento (da parte de Deus) e que mexem na alma, para buscar mestres que agradem a carne. Foram enganados por aquilo que Paulo chama "um outro evangelho, um outro Jesus". Seus ouvidos coçam para ouvir pregadores da prosperidade que se concentram em dinheiro.

Vimos isso acontecendo durante as nossas cruzadas na Europa. Cristãos italianos nos contaram de evangelistas americanos que esvaziaram o bolso das pessoas, pularam para seus jatos particulares e disseram: "Ciao, bye-bye!".

Mas Jesus previu tudo isso. Ele o lançou Seu olhar ao longo da História até os nossos dias, e previu tudo que viria: a rejeição da repreensão piedosa, o surgimento do evangelho atenuado, o ensino raso dos aduladores da carne, a queda das multidões. Em verdade, Ele preveniu que nos últimos dias, o amor de muitos crentes se reduziria. Servos que no passado eram zelosos se tornariam mornos, ou mesmo frios. E transformariam a preciosa graça de Cristo em lascívia. Que pregariam do Seu perdão e bênçãos, tudo sem custo a ninguém. As pessoas seriam postas à vontade com seus pecados. E isso entristeceria tanto o Senhor, que Ele os vomitaria da Sua boca.

É por isso que Jesus convocou uma sessão particular com o seu círculo particular de discípulos. As escrituras dizem: "Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E, chegando-se a ele os deus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do trigo" (Mateus 13:36). Jesus quis abrir os olhos de Seus seguidores para os significados mais profundos das parábolas. Ele sabia que eles necessitariam da verdade que os sustentaria durante os tempos de grande sedução.

Nessa reunião fechada, Cristo disse as duas parábolas que mencionei antes, sobre o tesouro no campo e a pérola de grande preço. Estas duas parábolas pegam só tres versículos da Bíblia. Contudo, embutidos nelas estão os segredos do Senhor, os quais Ele disse estavam ocultos desde a fundacão do mundo. E elas contém Seus eternos propósitos, a serem revelados a servos consagrados.

Mesmo num estudo rápido, usando comentários bíblicos, é possível garimpar pepitas da verdade nessas parábolas. Mas isso não é tudo que as escrituras dizem que devemos fazer. Jesus descreve um homem que cava desesperadamente. E se as verdades do reino de Deus estão profundamente enterradas nas parábolas de Cristo, nós também precisamos cavoucar diligentemente para encontrar a revelação.

Eu pergunto: quem está disposto a trabalhar arduamente para descobrir esses segredos? Quem esperará pacientemente que o Senhor lhes revele os Seus segredos? Quem se demorará com o Espírito Santo o tempo suficiente para se apropriar de Suas verdades doadoras de vida?

Creio que me demorei nessas duas parábolas o tempo suficiente para ter uma noção sobre a verdade encerrada nelas: elas tratam da preciosidade de se possuir Cristo. Muitos cristãos passam pela vida satisfeitos com uma fé apenas suficiente para prosseguir. Desejam apenas o suficiente de Jesus para chegar aos céus. Eles podem garimpar algumas verdades práticas das parábolas, mas jamais acham a verdade produtora de vida que está enterrada profundamente nelas. Em comparação, estas duas parábolas nos dizem que a preciosa verdade de Cristo é encontrada só por cristãos famintos e consagrados.Os que O seguem de todo coração terão os olhos abertos totalmente aos segredos da vida abundante.

Jesus inicia essas duas parábolas dizendo: "Vou lhes dizer como é o reino dos céus" (v. Mateus 13:44). Cristo não está falando aqui do céu como pensamos dele, da dimensão em glória com o Pai. Não, Ele está se referindo ao reino dos céus na terra. Está dizendo, basicamente: "Eis como se pode possuir a plenitude dos céus em teu coração, agora mesmo. Mas primeiro quero dizer o quanto te custará obtê-la".

Como obtemos os céus na terra? As duas parábolas deixam claro: possuindo Cristo em toda a Sua plenitude. E isso exige um empenho de alto custo.

1. A Primeira Parábola é a Respeito do Tesouro no Campo

"O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo" (Mateus 13:44).

Primeiro, quero perguntar: o quê o campo representa aqui? Ele significa o mundo cristianizado. É toda área onde o evangelho foi pregado e recebido. Naturalmente, a igreja é uma parte deste campo. Há um campo missionário doméstico e um campo missionário externo. E os homem trabalhando no campo representa todo aquele que serve Jesus.

Este homem soube de fonte confiável que há um tesouro enterrado em algum lugar daquele campo.[Igualmente hoje, somos informados: "Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Colos. 2:3)] Enquanto os outros obreiros do campo trabalham friamente, esse homem começa a cavar com fúria. Ele passa horas, dias, semanas obstinadamente procurando o tesouro.

Quem é esse homem? Ele representa todo servo consagrado que ouviu o que os profetas disseram a respeito de Jesus: "Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei cousas ocultas desde a criação [do mundo]" (Mateus 13:35). Esse homem não se preocupa com o que os outros acham dele. Ele determinou em seu coração revelar o tesouro oculto de Deus; e sabe que a única maneira para o achar é se empenhando ao máximo. Ele então cava e cava, se encurvando para localizá-lo.

O que é o tesouro que ele procura? É a incrível descoberta de que Cristo é tudo aquilo de que ele necessita. O seu tesouro é saber que toda a alegria, toda a orientação e propósito - e em verdade, as próprias riquezas dos céus - são dele em Jesus. Não importa quais lutas e provações são lançadas contra ele. Ele sabe que em Cristo, lhe foram concedidos todos os recursos. Jesus para ele é tudo em todos os sentidos.

Quando esse homem finalmente acha o tesouro, faz algo curioso: ele imediatamente o esconde. "O qual certo homem, tendo-o achado, escondeu" (Mateus 13:44). O que ele está fazendo aqui? Por que esconderia essa maravilhosa riqueza recém descoberta?

Encontramos uma pista no testemunho de Paulo. O apóstolo nos diz: "Quando, porém, ao que me separou...e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, nao consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia"(Gal. 1:15-17).

Paulo havia recebido uma incrível revelação de Cristo. Então, por que resolveu guardá-la em segredo? É porque esse tesouro era absolutamente precioso para ele, mais caro que qualquer outra coisa. Veja, Paulo havia jejuado por essa verdade, orado por ela, buscado-a diligentemente. Ele havia servido a Deus com zelo, como fariseu, mas sem o conhecimento da verdade (v. Romanos 10:2). E agora que ele havia achado a verdade que era Cristo, isso não lhe seria roubado.

Então Paulo foi para os desertos da Arábia para esconder o seu tesouro. Paulo estava declarando: "Não quero que ninguém ou nada me desvie dessa grande verdade que encontrei em Cristo. Não quero ouvir a opinião de mais ninguém nesse momento. Tenho de agarrar essa verdade para mim. E só vou compartilhá-la com os outros depois que eu entender totalmente a magnificência do que descobri".

Visualizo o camponês desta parábola se maravilhando com o tesouro que achou. Assim que abre a arca do tesouro, êle o levanta, examina, se rejubila. E mesmo estando assim extasiado, sente que só segurar e o admirar não é o suficiente. Ele diz para si: "Quero isso para mim; quero isso inteiro para mim. Se o conseguir, isso resolverá os meus problemas até o fim da vida".

Quando Jesus diz que o trabalhador do campo "vende" tudo que tinha, o significado em grego é negociar ou permutar. Isso significa uma troca de mercadorias ou serviços sem a passagem de dinheiro. Em outras palavras, seja o que for que esteja sendo passado - não pode ser comprado.

Isso amplia o significado da parábola ainda mais. Jesus está dizendo: "Não se pode comprar coisas espirituais com coisas materiais". Paulo vivenciou essa verdade. Ele não possuía senão a roupa do corpo, e talvez algumas ferramentas para confeccionar tendas. Mesmo assim eis o quanto custou a Paulo abrir mão do seu tesouro: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo...considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as cousas e as considero como refugo, para conseguir Cristo" (Filipenses 3:7-8).

Quem Enterrou o Tesouro no Campo ?

Nosso Pai Criador possui todas as coisas. E Ele possuía o campo onde o tesouro foi enterrado. Isso significa que foi Ele que o enterrou lá. Ora, Ele sabia que o homem cavando no campo era pobre. Afinal de contas, os ricos não precisam ter trabalho braçal. Assim, esse trabalhador do campo tinha de vir até o proprietário e negociar para fazer a aquisição.

Sabemos que não podemos adquirir coisas espirituais com dinheiro. Então, como é possível comprar algo de nosso Pai bendito? Isaías responde: "Vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite" (Isaías 55:1). Em outras palavras, Deus está dizendo: "O que tem valor para você? Não pense em termos de dinheiro, contudo. Fale comigo em termos de mercadorias e serviços".

Ao longo dos séculos, os ricos têm tentado ganhar a vida eterna cedendo suas riquezas. Deixaram castelos, terras, riquezas, vastos rebanhos, jóias e roupas finas, tudo no esforço de ganhar a Cristo. Se tornaram pobres, se alimentando mal e vestindo peles de animais. Mas Jesus nunca foi encontrado dessa maneira por ninguém.

Creio que Paulo passou os seus meses na Arábia negociando trocas com o Pai. Vejo-o perguntando: "Senhor, como posso possuir as riquezas plenas de Cristo? Quanto vai custar?"

O Pai responde:
"Eu te digo, Paulo. Dê-Me toda a tua auto-justificação. Então te darei a justificação de Cristo. Dê-Me todas as tuas boas obras, os teus esforços e empenho para Me agradar. E te darei a santidade de Cristo unicamente pela fé.

Renuncie diante de Mim a todos os teus objetivos, ambições, planos, esperanças. Eu te darei o próprio Cristo para que viva em ti, e através de ti. Os desejos dEle se tornarão os teus. E conhecerás alegria e felicidade que realização alguma jamais te poderia dar.

Dê a Mim o melhor do teu tempo. Me dê toda a tua confiança, todos os teus interesses. Então ganharás a Cristo. Terás possuído a sabedoria e a intimidade dEle, tudo sem dinheiro. Diga-me Paulo - ganhar a Cristo valeria tudo isso para ti?"

Paulo ganhou a Cristo efetivamente. Ele saiu do deserto em posse plena do seu tesouro. Agora ele testifica: "O velho Paulo morreu. E Cristo está vivo em mim. Todas as minhas ambições se foram. Tudo que eu queria fazer ou ser antes, deixei para trás no deserto. Descobri o tesouro da minha vida, e Ele é todo suficiente para mim. Jesus é tudo aquilo de que necessito".

Pode-se perguntar: "Onde está o mistério oculto nessa parábola do tesouro? Que segredo está enterrado aqui?" Paulo nos dá a resposta: "O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1:26-27).

Em resumo, o mistério é o próprio Cristo em você. O próprio tesouro dos céus está vivendo dentro de você, possuído por você.

2. A Segunda Parábola é a Respeito da Pérola de Grande Valor

"O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (Mateus 13:45-46).

Quem é o negociante nessa parábola? A raíz em grego explica que é um comerciante ambulante atacadista. Era também um avaliador, que testava o material. Em outras palavras, ele se sustentava avaliando pérolas caras, segundo a qualidade e o valor.

Ora, sabemos que Jesus é a pérola de grande valor que o negociante acha. Ele é caríssimo, de valor incalculável, pois o negociante vende todas as suas posses para ganhá-Lo. A minha pergunta é a seguinte: quem era o proprietário original desta pérola de grande valor? E por que estaria ele querendo se desfazer dela?

Creio que encontramos o sentido da pérola nos propósitos eternos de Deus. Obviamente, a pérola pertencia ao Pai. Ele possuía Cristo assim como qualquer pai possui o próprio filho. Em verdade, Jesus é a posse mais valiosa e rica do Pai.

Só uma coisa levaria o Pai a abrir mão desta pérola de grande valor. Ele o fez por amor. Ele e o Filho haviam feito um acordo antes da criação do mundo. E nesse acordo, o Pai concordou em se desfazer do Filho. Ele O deu como sacrifício, com o propósito de remir a humanidade.

O apóstolo Pedro se refere ao alto preço dessa preciosa doação. Fala do caríssimo preço do sangue de Cristo, a nossa pérola de grande valor. No entanto, quando os principais dos sacerdotes examinaram essa pérola, O avaliaram por meras trinta moedas de prata: "Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram" (Mateus 27:9). Pense nisso: o Deus do universo havia tornado a Sua preciosa pérola acessível a todos. Contudo tais homens colocaram pouco ou nenhum valor nEle. Alguns até chamaram-No de falso, de imitação.

Digo-lhe o seguinte - o Senhor deve sofrer hoje em ver o quanto o Seu povo desvaloriza essa pérola sem preço. A alguns, Cristo não é nada mais que uma peça de museu; Ele está colocado em baixo de um vidro, indisponível para ser tocado, manuseado. As pessoas O visitam uma vez por semana para admirá-Lo ou louvá-Lo. Elas olham Sua cruz e se maravilham com Seu sacrifício, dizendo: "Que beleza. Que glória". Mas nunca possuem a pérola. Não negociam com o proprietário, determinadas a possuirem-na a qualquer custo.

Amado, Deus planeja que a Sua pérola seja achada por aqueles que estejam obcecados por possuí-Lo. É como se estivesse dizendo: "A Minha pérola está disponível unicamente àqueles que colocam grande valor nEle".

Assim, o negociante nessa parábola representa uma porção muito pequena de crentes de hoje. Tais servos encontraram em Jesus a resposta para todas as necessidades e clamores do coração. Ele se tornou o foco central de suas vidas. Tais pessoas se determinaram a buscar esse prêmio com tudo que está ao seu alcance. E vão se apropriar dEle - a qualquer custo.

Quanto Custou ao Negociante Obter a Pérola ?

Lembre-se, essa pérola não tinha preço. Não poderia ser comprada por dinheiro algum. Simplesmente não havia ouro ou prata suficientes na terra para bancar o seu valor. E o negociante sabia disso. Ele compreendeu que poderia gastar a vida inteira acumulando dinheiro para obtê-la, mas esse esforço seria em vão.

Vejo o negociante conversando com o proprietário: "Veja, tenho de ter essa pérola. Eu alegremente troco contigo tudo o que ganhei a minha vida inteira. Tudo que me pedires, eu farei. Eu só quero ter a pérola". O Pai amorosamente lhe responde: "Dê-me o teu coração. Esse é o preço". A seguir lemos: "Tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (Mateus 13:46).

Esse mercador vendeu a própria alma pela pérola. Custou a ele a mente, corpo e espírito, "tudo o que possui". E o proprietário diz que o mercador ganharia isso em retorno: "Sim, você será Meu servo. Mas será muito mais do que isso para Mim. Veja, ao dar-Me o seu coração, estará permitindo que Eu o adote. Estou lhe fazendo parte da Minha família. Então você será herdeiro Meu. Isso quer dizer que possuirá a pérola comigo. Ela será Minha e sua".

Quero Lhe Dizer o que Estas Duas Parábolas

Significam Para Mim Pessoalmente

Cristo é a arca do tesouro no campo. E nEle, encontrei tudo de que preciso. Para mim, isso quer dizer o seguinte:

Nada de tentar achar propósito no ministério. Nada de procurar preenchimento na família ou amigos. Nada de precisar construir algo para Deus, ou ser um sucesso, ou me sentir útil. Nada de ficar numa boa com a multidão, ou de tentar provar algo. Nada de procurar maneiras de agradar as pessoas. Nada de tentar pensar ou raciocinar para achar saída para as dificuldades.

Achei o que procurava. O meu tesouro, a minha pérola, é Cristo. E a única coisa que o Proprietário pede de mim é: "David, eu te amo. Quero te adotar. Já assinei os papéis com o sangue de Meu próprio Filho. Tu agora és herdeiro com Ele de tudo que possuo".

Ainda estou no processo de vender tudo que tenho. Ainda estou dando ao Pai o meu tempo, meus pensamentos, a minha vontade, meus planos. Mesmo assim sei que estou entregando tudo isso pelo tesouro. Negocio isso para comprar água viva, o pão da vida, o leite e o mel de alegria e paz. E estou fazendo tudo isso sem dinheiro. O custo para mim é o meu amor, minha confiança, a minha fé em Sua palavra.

Que pechincha. Abro mão dos meus trapos de imundície da auto-suficiência e das boas obras; deixo de lado meus sapatos velhos dos esforços; deixo para trás as noites sem sono nas ruas da dúvida e do medo. E em troca, sou adotado por um Rei.

Amado santo, é isso que acontece quando se busca a pérola, o tesouro, até que O ache. Jesus lhe oferece tudo que Ele é. Ele lhe traz alegria, paz, propósito, santidade. E se torna o seu tudo: o seu despertar, o seu dormir, a sua manhã, tarde e noite.

Então, quanto Ele vale para você? Para ganhá-Lo, o preço talvez seja maior do que você queira pagar. Insisto consigo: comece a cavoucar hoje.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Reino, Posicionamento e Proclamação


Reino de Deus
"Edificação da sabedoria e conquista do Amor"

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, por que é chegado o Reino dos Céus. Mt. 3:1-2

Embora a mensagem de João fosse o Reino de Deus e recebido à aceitação de Jesus para tal, podemos ver dois modelos de igrejas se iniciando.
Modelo de João: As pessoas vinham até o deserto receber a sua mensagem que era arrependimento, pois é chegado o Reino. Hoje vemos muitos modelos de igrejas como a de João estamos parados em um lugar (deserto) esperando que as pessoas venham para ouvir a mensagem, não estou dizendo que João fazia o errado, era algo de Deus para o tempo profético dele. Mas, em Jesus foi estabelecido um tempo de aceleração, veja abaixo.
Modelo de Jesus: Jesus já traz uma igreja que se movimenta, um reino em movimento Lc 17:20-21. Essa movimentação foi extinta durante um tempo nas igrejas e Deus está restaurando isso através homens e mulheres que entenderam o propósito de Jesus. Isso é o Avivamento, quando trazemos a vida novamente toda a manifestação de Cristo na Terra como igreja.
Na verdade esse não é um estudo somente para evangelistas ou para aqueles que querem se encontrar nessa área, mas para todo o corpo de Cristo estabelecido como igreja.
Quando vejo Jesus se movimentando e dando continuidade à mensagem iniciada por João Batista, quero levar a mente de vocês diretamente para a “parábola do bom samaritano” onde vamos entender como foi expressa a igreja de Cristo em algumas atitudes, nessa simplicidade à igreja vai se movimentar para propagação do evangelho do Reino de Deus nas ruas, casas, igrejas, bairros, favelas, cidades, estados e nações. (Marcos Felipe - AER).

Continuação... (EM CONSTRUÇÃO)




terça-feira, 6 de abril de 2010

A QUEM ENVIAREMOS?

Encontramos nas escrituras, com relativa freqüência, Deus à procura de mensageiros.

Nos céus sempre foi fácil encontrá-los: a destruição de Sodoma, o anúncio a Abraão de que Sara seria mãe na velhice, a chamada de Gideão, para livrar seu povo, a resposta às orações de Daniel, o anúncio do nascimento de João Batista, as boas novas a Maria a respeito de Jesus, o anúncio aos pastores de Belém, a chamada de Cornélio, são alguns exemplos de oportunidades em que Deus lança mão de anjos, sempre dispostos a trazer aos homens mensagens divinas.

Quando se trata de homens, porém, verificamos a grande dificuldade de encontrá-los disponíveis. A Moisés, disse o anjo do Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo... vem agora, pois e te enviarei a Faraó. Então disse Moisés a Deus: Quem sou eu que vá a Faraó... (Ex 3.7,10,11). Seguem-se irritantes desculpas, mesmo depois de milagres extraordinários, insistindo Moisés em sua incapacidade de realizar o grande projeto de Deus para libertar o povo de Israel. É quando Deus fica irado, (4.14) e encontra um jeito de convencer Moisés, colocando Arão para ajudá-lo.

No caso de Isaías, Deus exclama do alto do seu trono: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? (Is 6.8). Quanto a Jonas, Deus lhe ordena: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. (Jn 1.2). Segue-se um Jonas apavorado, fugindo ao cumprimento da tarefa.

No Novo Testamento encontramos Jesus enviando inicialmente os doze, depois os setenta e finalmente, depois da ressurreição, toda a Igreja, que tem a responsabilidade de espalhar as boas novas da salvação (Mt. 28:19-20).

É claro que a obra da pregação do evangelho não está confinada a um grupo de crentes pré-selecionados, qualificados, especiais, competentes. Cabe a toda a Igreja, de acordo com a habilidade de cada um. Em Efésios 4.11,12, Paulo deixa bem claro que a chamada é para todos: "Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo." Isto significa que cada um de nós tem o seu papel no cumprimento de tarefas que lhe são peculiares (exclusividade). Não há desculpas para fugir à sua responsabilidade, meu irmão. Ela é pessoal e intransferível.

Somos todos missionários. No trabalho, no bairro, no ônibus, na escola, onde quer que estejamos, exalamos, por palavras, por atitudes e ações, "o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem" (2Co 2.15). Portanto, fique atento à sua chamada. Deus conta com você.

Quando Deus chamou a Paulo para ir à Europa, mostrou-lhe, numa visão, um homem macedônio que lhe rogou, dizendo: “Passa à Macedônia e ajuda-nos!”(At 16.9). Esse homem, que o apóstolo viu em sua visão, apresentava no seu pedido todos os sofrimentos, angústias e decepções em que os povos na Europa viviam naquele tempo, por não conhecerem o caminho da salvação. O mesmo clamor ainda hoje se ouve! O clamor dos que não foram alcançados pelo amor de Cristo deve representar para nós motivo real para realizarmos urgentemente a obra missionária. Qual deve ser sua resposta diante deste imenso desafio? De que forma você pode contribuir para a expansão do Reino de Deus? Qual é a sua parcela neste empreendimento divino?

A Grande Comissão deve ser prioridade na vida de cada discípulo de Cristo. Seu alvo é alcançar o mundo inteiro com a mensagem do evangelho, dando as orientações necessárias para que cada pecador tenha, de forma clara, condições de optar positivamente pela sua própria salvação. O campo a ser abrangido pelo testemunho dos crentes vai desde a cidade onde vivem até aos confins da terra em ação simultânea. Isto é, a ordem de Jesus é que evangelizemos ao mesmo tempo onde estamos, nos arredores, nas províncias distantes e em todas as nações do mundo.

Deus nos abençoe!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mulher Samaritana X Coca-Cola X Jesus

Texto Chave: João 4


Às vezes, a gente ouve certas coisas que não aceita, mas não sabe bem o porquê. Só depois de algum tempo entende. Não foi por mera antipatia que aquela mensagem não desceu bem. Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola. O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo.

Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava. E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: “A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!”. Depois daquela primeira exortação, já devo ter escutado essa mesma comparação uma dúzia de vezes em diversas conferências missionárias. Verdade ou tolice? Pior.

Estou certo que essas ilustrações não são meros simplismos, nascem de grandes erros teológicos (ou ideológicos?).

Coca-Cola é uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, com uma fórmula secreta. Sabe-se que sua receita original continha alguns ingredientes também encontrados na cocaína, daí o seu nome. Seus fabricantes nunca intencionaram outro propósito senão matar a sede das pessoas.

A The Coca-Cola Company não convoca ninguém a rever valores do caráter, não confronta estruturas de morte, não se propõe a aliviar culpa, não revela a eternidade e nem Deus. Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda. Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante, beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto.

Os missiólogos sucumbiram à lógica do mercado do novo milênio? Acreditam mesmo que cumpriremos nossa missão com os instrumentais corporativos? Tudo pode se tornar um produto?

No Brasil, o esforça-se muito para “vender” o Evangelho. Quase não se usa a mídia para proclamar os conteúdos do Evangelho. Alardeiam-se os benefícios da fé. Basta observar a enormidade de tempo gasto divulgando os horários dos cultos, a eficácia da oração, mostrando que aquela igreja é melhor e que a sua mensagem é a mais forte para resolver todos os problemas das pessoas. Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo. As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé.

A tendência de oferecer cultos diferenciados e as intermináveis campanhas de milagres demonstram bem esse espírito. Como um supermercado com as gôndolas recheadas de produtos, as igrejas procuram incrementar os “serviços” ao gosto dos fregueses. Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; gastam suas energias desenvolvendo estratégias que atraiam o maior número de pessoas. Sonham com auditórios lotados. Campanhas, correntes e demonstrações grotescas de exorcismos e milagres financeiros se sucedem. As pessoas, por sua vez, se achegam, seduzidos pelas promoções das prateleiras eclesiásticas.

Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anunciam o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo. Vive-se uma religião de consumo.

Mas existe outra dimensão ainda mais sutil. Naomi Klein, jornalista canadense, publicou recentemente “Sem Logo” (Editora Record) para denunciar a tirania das marcas em um planeta obcecado pelo consumo. Ela defende a tese de que a grandes corporações do mercado global não vendem apenas os seus produtos, mas a marca. Procuram criar uma filosofia de vida embutida em seus produtos. Desejam induzir seus consumidores a acreditarem que podem viver um determinado estilo de vida, desde que comprem aquela marca específica. Assim os fumantes de Marlboro imaginam personificar o “cowboy” solitário, mesmo morando em um apartamento. Quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões.

Gente que vive presa no trânsito apinhado das grandes metrópoles, ao dirigir jipes com tração nas quatro rodas, sente-se desbravando sertões. Klein declara: “’Marcas, não produtos!’ tornou-se o grito de guerra de um renascimento do marketing liderado por uma nova estirpe de empresas que se viam como ‘agentes de significado’ em vez de fabricantes de produtos. Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro artigo. A marca e a sua venda adquirem um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”.

Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em “super estrelas” ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes o holofote. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas. A indústria fonográfica enriquece, os congressos se enchem, e os novos astros do mundo “gospel” alavancam suas igrejas.

Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”.

Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade.

Infelizmente muitos evangélicos brasileiros propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos.

O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostais: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas pentecostais às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões… observa-se que a oferta pentecostal de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas”.

Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitirem a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).

Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.

Que Deus tenha piedade de nós.