Mostrando postagens com marcador Perseguição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Perseguição. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Perseguições aos cristãos no mundo atual

“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mat. 5.11-12).


Segundo relato da JMN, várias igrejas cristãs, que ainda não possuem templos próprios, foram fechadas por autoridades em várias partes da Síria. Obreiros da terra apoiados por Missões Mundiais da CBB naquele país relataram que nada sofreram, mas afirmaram que a perseguição está aumentando. Oremos em favor da obra de evangelização naquele país, pois a intenção das autoridades sírias é impedir que mais pessoas se convertam ao cristianismo. Para isso, além de forçarem o fechamento de igrejas locais, tentam, a todo custo, associar a imagem dos cristãos com países ocidentais supostamente inimigos de árabes, como Israel e seus aliados.
Entretanto, em contrapartida, as igrejas locais, em algumas localidades, vêm crescendo em quantidade e em vidas alcançadas.
Assim, apesar das perseguições, a igreja continua firme e atuando da melhor maneira naquele país muçulmano.

Outrossim, na Índia, onde os Batistas brasileiros, através de Missões Mundiais, mantêm 25 casais de obreiros, também tem havido perseguição aos nossos irmãos em Cristo. Nos Estados de Uttar Pradesh e Andhra Pradesh, extremistas hindus ligados ao grupo militar Vishwa Hindu Parishad já deixaram centenas de pessoas desabrigadas, arrombaram e saquearam igrejas em Orissa, há cerca de um ano atrás, onde não temos obreiros da terra. Na ocasião, cerca de 20 pessoas morreram em decorrência desses ataques e milhares ficaram feridas. Continuemos orando para que Deus continue protegendo os obreiros da terra, os pastores, os missionários e todos os cristãos que vivem na Índia.

De igual modo, em Chiapas, uma província do Sul do México, os cristãos sofrem com a perseguição que começou em 1995, quando a população indígena evangélica sofreu um duro ataque por parte dos católicos tradicionalistas. Até o presente, a situação não mudou muito.
Aproveitando-se da antiga rivalidade existente entre católicos e protestantes, aqueles têm desenvolvido uma campanha contra os missionários locais e enviados do exterior.
Oremos a Deus, para que muito em breve tenhamos notícias do progresso do evangelho nesses locais, apesar das perseguições que nosso irmãos ali sofrem.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Biografia de John Hus



John Hus nasceu por volta do ano 1370, na Boêmia - região que, no mapa geopolítico mundial, é ocupada, hoje, pela República Tcheca, país do Leste Europeu. Em 1400, foi ordenado sacerdote e, desde o início de seu ministério, quando assumiu o púlpito da Capela de Belém, em Praga, tomou-se um estorvo, um incômodo para alguns de seus colegas. Pregava insistentemente contra os privilégios do clero, e defendia a necessidade urgente de uma reforma religiosa. A eloqüência de suas pregações fez com que, rapidamente, boa parte da população o seguisse.

A nobreza também se rendeu ao seu discurso reformista e, há muito tempo, tentava encontrar uma forma de limitar o poder eclesiástico. Calcula-se que, na época, metade do território nacional boêmio pertencia à Igreja Católica, enquanto à Coroa cabia apenas a sexta parte. No mesmo período, com o apoio das autoridades, Hus traduziu o Novo Testamento para a língua boêmia e tornou-se um simpatizante das obras de John Wycliff (1329-1384), um reformador inglês.

Impedido de pregar - Influenciado por algumas das doutrinas wiclifistas, Hus pregava, dentre outros pontos, a autoridade suprema da Bíblia e a predestinação - doutrinas negadas, até hoje, pela Igreja Católica. Era a época em que existiam três papas comandando a Igreja, e ninguém sabia ao certo quem era o legítimo. Feito reitor da Universidade de Praga, Hus apoiava Alexandre V, eleito no Concílio de Pisa. No entanto, o arcebispo local era fiel a um outro papa - Gregório XII - e, por causa da disputa política, o arcebispo fez com que Hus fosse impedido de pregar.

Hus - que significa ganso na língua boêmia - não obedeceu à proibição e, por isso, foi excomungado em 1411. Entretanto, seu pior ato de insubordinação, e o que gerou sua condenação à morte, foi a crítica feroz a uma atitude do terceiro papa, João XXIII. Em guerra contra o rei de Nápoles, aquele papa decidiu financiar o conflito com a venda de indulgências (remissão de pecados mediante pagamento à Igreja com determinada quantia em dinheiro). Os vendedores chegaram à Boêmia, tentando usar todo tipo de método para persuadir seus "fregueses". Hus, imediatamente, protestou e afirmou que só Deus poderia conceder indulgências e ninguém jamais poderia vender algo que procede somente de Deus.

Seu discurso movimentou o país e até passeatas de protesto foram organizadas. Hus foi excomungado pela segunda vez, e mudou-se de Praga para o Sul da Boêmia, a pedido do imperador. Ele permaneceu lá, até que, em 1414, ficou sabendo da realização do concílio da igreja católico-romana de Constança, na Alemanha. O evento, que contaria com a presença de vários reformadores de renome, prometia inaugurar uma nova era na vida da Igreja, pois seria decidido quem era o papa legítimo. Hus foi convidado a expor seu caso e aceitou comparecer. Poucos dias após sua chegada a Constança, foi convidado pelo Papa João XXIII para uma assembléia composta apenas de cardeais. Hus insistiu que estava ali para defender suas idéias diante do concílio e não em uma reunião tão restrita. Antes não tivesse ido.

O boêmio saiu daquela assembléia acusado de heresia e, a partir de então, passou a ser tratado como prisioneiro. Em junho de 1415, finalmente foi julgado pelo concilio. Por aquela época, João XXIII já fora deposto, mas isso não melhorou a situação de Hus. O concilio lhe atribuía uma série de heresias, as quais ele teria de admitir ser o autor. No entanto, em momento algum, a direção do concilio se dispôs a ouvi-lo sobre quais seriam, de fato, suas doutrinas. Hus, obviamente, recusou-se a retratar-se de doutrinas que não havia propagado e, assim, foi condenado à fogueira.

No dia 6 de julho, ele foi levado até a Catedral de Constança para ouvir um sermão sobre a teimosia dos hereges. Em seguida, teve seus cabelos cortados, uma cruz foi desenhada em sua cabeça, e recebeu uma coroa de papel decorada com desenhos de diabinhos. Mais uma vez, exigiram que Hus se retratasse, mas ele não voltou atrás. Atribui-se a Hus as seguintes palavras:

"Estou preparado para morrer na Verdade do Evangelho que ensinei e escrevi". Hus morreu cantando os Salmos, e sua morte deflagrou uma verdadeira revolução contra a Igreja na Boêmia.

Recentemente, o Papa João Paulo II reconheceu o erro de seus "infalíveis" antecessores. Em dezembro de 1999, o líder católico pediu desculpas - embora demasiadamente tardias - pela morte de Hus. Na ocasião, falando sobre o reformador tcheco em um simpósio internacional promovido pelo Vaticano, João Paulo II afirmou: "Hoje, às vésperas do Grande Jubileu, sinto a necessidade de expressar profundo arrependimento pela morte cruel infligida a John Hus e pelas conseqüentes marcas de conflito e divisão deixadas nas mentes e nos corações do povo boêmio".