terça-feira, 8 de setembro de 2009

Perdão revelado através das Lágrimas

Lágrimas falam de perdão. É o caso da pecadora que chora aos pés de Jesus molhando-os com as suas lágrimas e enxugando-os com os seus cabelos.
Uma cena impressionante que chama a atenção do anfitrião. O fariseu Simão não entende nada e acaba julgando de maneira preconceituosa. Jesus nos ensina, com essa parábola dos dois devedores, que maior a dívida perdoada, maior deveria ser o agradecimento. Infelizmente, "aquele a quem se perdoa mostra pouco amor".
Uma indireta do Senhor para nos lembrar que deveríamos amá-lo muito mais, porque, afinal, todos somos pecadores e a todos Ele gostaria muito perdoar.

É fácil entender que poucas vezes pedimos perdão e pouco amamos, porque nos consideramos corretos até demais. “Não precisamos do perdão de ninguém”; “não devemos pedidos de desculpa para ninguém”; aliás, às vezes, achamos que, com todas as nossas orações, seja o bom Deus quem nos deve. De devedores, passamos a nos considerar credores.
Estamos muito longe de entender o valor transformador e libertador do perdão.

Em primeiro lugar, quem perdoa é uma pessoa de coração grande e bondoso.
Compreende a fragilidade do outro, prefere dar confiança e amar de novo que ficar lembrando as ofensas recebidas. Por isso Deus-Pai, como Jesus no-lo fez conhecer, pode perdoar os piores pecados, porque o amor de Deus é maior do que todas as nossas culpas.

Para nós é mais difícil. Às vezes somos tão idiotas que carregamos ódio e desejos de vingança por toda vida, destruindo muito mais a própria vida do que a vida do culpado. Como seriam diferentes os nossos relacionamentos se fossemos todos mais capazes de perdoar e de pedir perdão. Acredito que viveríamos sem esse peso do pecado de não perdoar e isso iria nos trazer uma paz (Shalom) que excede todo entendimento.

Vamos começar pelo nosso mundo "pequeno": as nossas famílias, os parentes, os vizinhos e, quem sabe, um dia chegaremos a perdoar. E a ter perdoados os pecados do tamanho do mundo como as guerras, os atos de terrorismo, os genocídios, as dívidas internas e externas, a fome dos empobrecidos, a miséria dos refugiados, a morte e as lágrimas de todos os inocentes.

Mas para que tudo isso aconteça, não é suficiente a vontade de perdoar, é necessário o arrependimento e a vontade de reparação de quem praticou o mal. Perdão e justiça são, ambos, atos de amor. Quem errou deve reconhecer o erro e provar que não vai mais cometê-lo. Esse é o sentido purificador das lágrimas da pecadora do Evangelho. Ela não tinha muito para devolver, somente devia provar que sabia amar de coração e não somente por dinheiro. Diferente é o caso de Zaqueu. Quando Jesus entrou na casa dele, o rico prometeu dar a metade dos seus bens aos pobres e a devolver quatro vezes mais a quem havia roubado. Nós não pretendemos que quem roubou do povo, por exemplo, devolva quatro vezes mais, mas ao menos reponha o que desviou. Estão faltando lágrimas e gestos concretos de arrependimento. O dinheiro some e jamais volta lá de onde nunca deveria ter saído.

Existe muitas lágrimas fingidas hoje em dia, quando alguém vai preso é um exemplo, as vezes o preso chora de arrependimento, mas na maioria das vezes é de fingimento. Hoje faltam lágrimas de contrição e perfume de amor.
Te desafio a buscar a essência da adoração através de uma vida reta e pura diante ao nosso amado Jesus, ao derramar suas lágrimas, derrame por ele e para ele, libere o Som das Lágrimas. Que Deus abençoe sua vida em nome de Jesus.

Parte 2 do Livro Som das Lágrimas (M. Barroco)

Um comentário:

Fran disse...

Perdão,uma simples palavra,mas que possui um significado tremendoe que é capaz de mudar vidas,tanta para o bem como para o mal quando há falta dele.
concordo q o mundo,as nossas vidas,carecem de perdão,de um arrependimento genuíno,arrependimento não é remorço é muito de vida, quando reconhecemos nosso pecado e pedimos perdão,significa q não mais voltaremos a pratica deste pecado.
Precisamos nos achegar mais a Deus e deixar o Seu carater ser cada vez mais refletido em nós,precisamos de um coração como o do Pai, disposto a amar,obedecer e perdoar.